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Por que Amadeu Oliveira prescindiu de testemunhas-chave?

Amadeu Oliveira informou ao tribunal que vai prescindir de três ou quatro testemunhas importantes, que teriam posições ainda mais radicais, para "não escangalhar todo o sistema judicial cabo-verdiano". Saiba agora o que está por detrás dessa postura mais moderada de Oliveira e o que essas testemunhas têm em mãos e que mantém o advogado num dilema profundo.

Campanha Contra o “Bairrismo” para que esse termo não faça mais parte do vocábulo do léxico Nacional crioulo!

Vamos também escrever um certo número de textos, abordando esse tema, sendo este o 1º. Claro que a nossa realidade geográfica é específica, mas ao contrário por exemplo da Guiné-Bissau, onde o Tribalismo devastou o país, nós não temos esse problema, não podemos deixar que o “bairrismo” artificialmente criado para servir o interesse de alguns “eruditos” nos venha em pleno século XXI entravar o nosso desenvolvimento.

Desmistificar Dr. Baltazar Lopes, homenagear Prof. Dr. Adriano Moreira

Baltazar Lopes da Silva, grande Homem de Letra, jurista, linguísta e nacionalista, muito fez pelo crioulo, foi uma das vítimas da PIDE, ao ponto de ter que deixar de ser Professor Universitário em Portugal e regressar a Cabo Verde. Mas da sua ilha natalícia, São Nicolau, só deixou a obra-prima "Chiquinho" como memória, além de ter na sua certidão de nascimento... nascido em São Nicolau.

O renovar da esperança

“Chuva é a nossa riqueza”; “Chuva é o nosso governo” (…). Chuva é, indubitavelmente, a palavra de maior “ímpeto” no imaginário dos cabo-verdianos, principalmente dos homens e mulheres do mundo rural. Uma terra pobre, sem nenhum outro “ramo de pega” para além do mar e as suas gentes, o povo vive da esperança, renovada, anualmente, na “Chuva amiga” que cai quando cai… e nos enche sempre de esperança e alegria. Inspira sempre o seu povo: da literatura a música, da gastronomia a arte plástica, do teatro a poesia, da política a religião… todos buscam...

A obra de Germano Almeida*

Este texto é a versão integral da intervenção feita por José Luis Hopffer Almada por ocasião da realização pela Associação Caboverdeana de Lisboa do jantar literário de homenagem a Germano Almeida, no dia 16 de junho de 2018, Prémio Camões 2018, na presença do galardoado e familiares, do Embaixador e da Embaixatriz de Cabo Verde em Portugal, do Presidente da Direcção da Associação Caboverdeana, dos membros dos órgãos sociais da mesma Associação e dos numerosos participantes da mesma sessão cultural.

Contra o fundamento de um povo. A sua Língua! A sua História!

Os factos falam por si. Hoje o crioulo[1] subsiste, para além das comunidades do Oriente, a par da sua decadência linguística e seu esvaziamento sociocultural, com enorme vitalidade e um futuro[2] garantidíssimo em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

Deslumbrante Estupefacção. Posfácio a Histórias Contadas - Baseadas em mitos, contos e lendas da Ilha de Santiago, de João de Deus Lopes da Silva (*)

Os primeiros textos de João de Deus Lopes da Silva que tive a oportunidade de ler foram os poemas da sua autoria constantes da colectânea antológica Jogos Florais 12 de Setembro de 1976, publicada em 1977 pelo recém-criado Instituto Cabo-Verdiano do Livro, então dirigido pelo eminente jurista e intelectual Dr. Manuel Duarte (autor do célebre ensaio “Cabo-Verdianidade e Africanidade”, bem como de um não menos conseguido panfleto anticolonial denominado “Cabo Verde e a Revolução Africana”, assinado por A. Punói e constante do seu livro póstumo de ensaios literários,...